Serás quem és
Mesmo no pó que te tornarás
Serás, memória do que és
Pouco te chega do que escrito seja
[se de mim não retiveres]
Centelha do pensar que declamo
Contenta-te na piedade aos deuses
Que aos homens abstém
Pó que acumulam
Nas páginas brancas da vida!
Luz que se extingue
Vã ansiedade do dia
Na lassitude das horas
Há vida que mingue
Na perda do que sabia
Sob as tabuas onde moras!
Lapidar inscrito
Aqui jaz um poema
Que não fora escrito!
Alberto Cuddel
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