Poema do dia 29/12/2017
Tenho escrito poemas sobre os poemas
Sobre coisas, até poemas de amor
Poemas de chuva, de sol e Verão
Poemas de lágrimas, poemas de paixão…
Mas não poemas ao poeta, poemas a mim…
As palavras parecem esquecer-me
Sem que me lembre de mim mesmo
Nunca me importei comigo, eu não escrevo…
Não me escrevo, ninguém me leria…
Escoro-me por entre as vírgulas e os silêncios
Nas antíteses metafóricas onde me escondo
Entre as pausas de uma estrofe, oculto
Por entre nuvens e espuma dos riachos…
Nunca me encontrei no teu olhar
Numa rebuscada interpretação do meu palrar…
Que importo eu, a conjugação do verbo amar
Se nele se conjuga a tristeza e a saudade?
Nunca nenhum de mim, falou do homem
Desta forma carbónica arredondada
Que a todos nos suporta, que nos importas tu?
Alberto Cuddel
29/12/2017
00:45
“Não me escrevo, ninguém me leria” . Belo Poema!
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Muito obrigado amiga! Bjinhos!
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O poeta é a sua arte, escrita, rimas, palavras, vazias, felizes, poeta não se esquece, e sim se venera, lindo.
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